sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Um pálido ponto azul"

Fernandes Junior



Criar seu atalho



Um pálido ponto azul.
Foi assim que Carl Sagan descreveu esta foto, enviada para a Terra pela sonda espacial Voyager 1, em fevereiro de 1990, que mostra a própria Terra vista a 6,4 bilhões de quilômetros de distância.
Parece até invenção. Parece brincadeira. Como nós, seres extremamente evoluídos, prepotentes e raros podemos representar tão minúscula parte do Universo? É de nosso feitio grandes realizações, grandes descobertas, grandes vitórias sobre a própria natureza. Como podemos ser tão pequenos assim?

Pense em todas as pessoas que já viveram, vivem e ainda vão viver nesse planeta. Pense nos momentos de alegria e tristeza, amor e ódio. Tantas religiões, pensamentos filosóficos, ideologias, políticos e governos. Poucos riquíssimos e outros à beira da miséria. Populações inteiras desaparecendo em um piscar de olhos, com o único objetivo de demonstração de poder. O que é poder? Guerras sendo travadas para a conquista de uma mínima porcentagem desse "grão de areia cósmica".
É tudo o que temos. Esse pequeno grão de areia. Não podemos, pelo menos por enquanto, mudar de lar. E mesmo assim destruímos o planeta. Matamos-nos uns aos outros.
Estamos sós nessa imensidão do Universo. Só temos a nós mesmos. Devemos cuidar melhor uns dos outros e do nosso  "pálido ponto azul".

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