sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Um pálido ponto azul"

Fernandes Junior



Criar seu atalho



Um pálido ponto azul.
Foi assim que Carl Sagan descreveu esta foto, enviada para a Terra pela sonda espacial Voyager 1, em fevereiro de 1990, que mostra a própria Terra vista a 6,4 bilhões de quilômetros de distância.
Parece até invenção. Parece brincadeira. Como nós, seres extremamente evoluídos, prepotentes e raros podemos representar tão minúscula parte do Universo? É de nosso feitio grandes realizações, grandes descobertas, grandes vitórias sobre a própria natureza. Como podemos ser tão pequenos assim?

Pense em todas as pessoas que já viveram, vivem e ainda vão viver nesse planeta. Pense nos momentos de alegria e tristeza, amor e ódio. Tantas religiões, pensamentos filosóficos, ideologias, políticos e governos. Poucos riquíssimos e outros à beira da miséria. Populações inteiras desaparecendo em um piscar de olhos, com o único objetivo de demonstração de poder. O que é poder? Guerras sendo travadas para a conquista de uma mínima porcentagem desse "grão de areia cósmica".
É tudo o que temos. Esse pequeno grão de areia. Não podemos, pelo menos por enquanto, mudar de lar. E mesmo assim destruímos o planeta. Matamos-nos uns aos outros.
Estamos sós nessa imensidão do Universo. Só temos a nós mesmos. Devemos cuidar melhor uns dos outros e do nosso  "pálido ponto azul".

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Legalize já!

Fernandes Junior



Veja esta matéria escrita por Michel Blanco, colunista do Yahoo.


Uma pedra no meio do caminho

Defender a legalização das drogas em meio ao alastramento do crack no país é fazer um pacto com o capeta, certo?  Afinal, o pesadelo de pais que se prezem é o filho passar de um pega num baseado para a carreira de cocaína e dali para baforadas finais em um cachimbo da pedra. O temor se fundamenta no pressuposto de que mais pessoas serão tentadas a consumir drogas se legalizadas.
Essa ideia, no entanto, pode ser um equívoco. Leis antidrogas rígidas não garantem boas noites de sono para pais aflitos. Não há correlação entre proibição e redução de consumo. Al Capone que o diga: cidadãos de países onde a legislação é extremamente dura, como os Estados Unidos, se drogam mais em relação a outros. O grande feito do endurecimento legal antidrogas nos EUA é o inchaço da população carcerária – além de bilhões de dólares gastos na repressão, que ajudam a movimentar a cadeia de produção da indústria bélica.
Em contrapartida, a legalização pode reduzir tanto a oferta quanto o consumo. Heresia? Não, legalização não quer dizer oba-oba, mas o contrário. O traficante atua como empresário de um setor ilegal da economia, e como tal busca acumular capital, conquistar mercados, diversificar investimentos e reinvestir em seu ramo principal. O mercado de drogas ilícitas não é oposto à racionalidade capitalista, mas é a versão mais radical de seus valores, que não tolera impedimentos para sua expansão. Vive em autorregulação plena, como desejam alguns setores mais dinâmicos e criativos da economia brasileira. Justamente por ser ilícito, o tráfico de drogas foge de qualquer regulação: não há distinção entre oferta para adultos e crianças, garantia de padrões de qualidade (afinal, cocaína ‘batizada’ com pó de mármore ou algo do tipo causa um estrago a mais) ou advertência sobre os riscos do consumo.
Legalizar pressupõe, obviamente, a ação eficiente do Estado, e sob outra perspectiva, deslocando o problema da esfera policial para a saúde pública. As drogas seriam tributadas e sua produção, regulada; a receita proveniente da atividade (juntamente com a grana economizada com a repressão policial) bancaria campanhas de esclarecimento e tratamento a dependentes. Fornecedores como Fernandinho Beira-Mar ou Elias Maluco seriam substituídos por gente com alguma responsabilidade pública. Muito idealista? Para quem curte pipoco e cassetete, talvez.
Longe da perfeição, tal sistema exigiria fiscalização constante. Mas a política de redução de danos é a solução menos ruim para o problema, ante a constatação do fracasso da simples repressão policial e da falta de evidência de que chegaremos algum dia a um mundo livre de drogas. A defesa dessa mudança de foco ganha adesão em correntes ideológicas diversas. Da esquerda libertária ao liberalismo clássico – há 20 anos está na pauta da revista The Economist, ícone do liberalismo britânico. No Brasil, também começa a crescer o apoio político. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está nessa há um tempo. Agora é o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, quem se diz a favor de debater a legalização de drogas leves, convencido de que “a probição simples tem gerado muito mais prejuízo do que uma ação inteligente do poder público” (as bobagens que disse sobre aborto não invalidam a percepção de um problema prioritário em sua agenda).
Para ser eficaz, a ação do poder público deve mudar a forma de encarar o narcotráfico. A força do narcotráfico não se desenvolve apenas na violência desenfreada. Sua capacidade de fragmentar comunidades também é resultado das formações e vínculos sociais e culturais que promove em áreas onde predominam a pobreza e o descaso, em meio à incapacidade do Estado de ser agente do bem-estar. O narcotráfico não se trata de um meio de mobilização de poder que percorre unicamente submundos. O enorme potencial de corrupção dos bilhões de dólares que gera permite que percorra salões de governo e transações eletrônicas que saltam em contas bancárias robustas, em mercados de ativos e outras aplicações. Se o narcotráfico corre tão solto como se vê, é porque talvez não esteja confrontando-se com as estruturas de poder vigentes, mas fortalecendo-as. Está aí o elo a ser quebrado.
A legalização, em suma, implica a consolidação de uma política de saúde pública coerente no enfrentamento do uso abusivo de drogas, livre de preconceitos que distinguem substâncias lícitas de ilícitas. Rever o papel regulador do Estado sobre substâncias entorpecentes e enfrentar as drogas como um problema prioritariamente de saúde pública dá a chance de lidar com a dependência química de drogas pesadas como o crack, hoje um problema nacional, de maneira mais adequada.
O mundo fantasioso dos comerciais de cerveja e a prescrição desenfreada de barbitúricos também precisam de um olhar mais atento do poder público. Mas a regulação dos cigarros, embora ainda deficiente ante a criatividade do marketing tabagista, dá alguma esperança: o número de fumantes no Brasil cai a cada ano. E não é demais lembrar que, apesar de muitas drogas ilícitas serem extremamente prejudiciais à saúde,nenhuma rivaliza com a nicotina em potencial de dependência química. Vicia mais do que álcool, cocaína, morfina e… crack.

Concordo em partes com a legalização de drogas leves. Não me sinto muito seguro em apresentar uma opinião sólida sobre o  assunto. O problema na legalização das drogas é que não impede que traficantes continuem "trabalhando". Os cigarros e as bebidas têm sua venda proibida para menores de idade. Porém isso não impede a venda a menores. Muitas vezes bebidas e cigarros são vendidos livremente para jovens menores em baladas, bares, padarias e mercados. Será que com as drogas como a maconha, será diferente?
Outra coisa!
Todos sabem que a nicotina é a droga que mais causa dependência química, nem se comparando com o crack, álcool e cocaína. É prejudicial à saúde. Porém não causa mudanças de comportamento, agressividade etc. Ninguém rouba (ao menos eu acho) para comprar cigarros. Ninguém sai com uma arma na mão para roubar dinheiro de trabalhadores para fumar um cigarro. Já maconha, cocaína e crack...
Não estou defendendo o uso de cigarros. Só estou dizendo que não se pode comparar os danos que cada droga causa à sociedade.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Metrô em São Paulo fica parado por causa de uma blusa

Fernandes Junior
Uma falha em um equipamento da Linha 3 - Vermelha (Palmeiras/Barra Funda - Corinthians/Itaquera), da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), ocorrida às 16h50, causa problema para o paulistanos que usam o transporte público da capita e causa restrição de entrada de passageiros na linha, informou o Metrô. 
Em razão disso, os trens das linhas 3 - Vermelha, 1 - Azul e 2 - Verde operaram com velocidade reduzida e maior intervalo entre as composições. A estação Barra Funda chegou a ser fechada para a entrada de passageiros.
O controle de entrada de usuários tem como objetivo manter a segurança da população, segundo o Metrô. 
Soube-se que o que causou todo transtorno foi a blusa de um passageiro que ficou presa na porta do trem.  O trem parou depois que a blusa presa na porta e o tumulto todo dentro do trem causou uma pressão na porta, ativando um sinal na cabine do operador que indicava que a porta, possivelmente estava aberta. O trem parou por questão de segurança. A multidão dentro do trem começou a ativar os dispositivos de emergência, abrindo as portas do trem e começaram a sair dos vagões. A energia foi cortada afetando todos os outros trens na linha Leste-Oeste.
Eu estava, às 20:30 hs em frente a estação Anhangabaú, voltando para casa depois de ter trabalhado por 24 horas seguidas. Ainda bem que minha namorada mora lá perto. Tive que dormir lá. Não conseguiria chegar tão cedo em casa.
Criar seu atalho

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Homem em Marte

Fernandes Junior






Cientistas dizem que dentro de de anos, será possível enviar pessoas ao planeta vermelho. Logo, pessoas com uma passagem só de ida, pousarão em solo marciano. Passagem só de ida? Isso mesmo! Os desbravadores serão os primeiros colonizadores de Marte. Centenas de pessoas já estão na lista de espera para o primeiro voo turístico espacial até a órbita da lua, que já deve começar no ano que vem. Mas, daqui a dez anos, cientistas acreditam que já vai ser possível para o homem viver no Planeta Vermelho. Cineastas, como Bryan Singer, atores, como Russel Brand, designers, como Phillip Starck, empresários, como o brasileiro Bernardo Hartogs: eles vão pagar US$ 200 mil para viajar até o espaço, sentir a gravidade zero e ter uma visão impressionante da Terra. O voo turístico deve decolar até o fim do ano que vem. O deserto do Arizona é o lugar mais parecido com Marte, dizem os cientistas. E no terreno vermelho americano nós podemos reproduzir, com mais clareza, como seria a vida no Planeta Vermelho. 

Marte é muito similar à Terra. Tem dias de 24 horas, tem quatro estações no ano e, o mais importante, pesquisas já mostraram que há água.

Em Marte também tem carbono, nitrogênio, hidrogênio e oxigênio. Esses quatro elementos não são só a base de alimentos e água, mas de plásticos, madeira, papel, vestuário e, o principal, combustível para foguetes.

Em uma reprodução, as ruas de Marte seriam cápsulas, com capacidade para quatro pessoas cada uma, iriam formando a primeira comunidade marciana. Dentro, teria um quarto para cada pessoa, um banheiro, uma sala de exercícios, um laboratório, um espaço que pode ser a cozinha. Ao todo, são cem metros quadrados.

Em um terreno tão grande, com 144 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente quase a metade do tamanho da Terra, será preciso carro. E eles já começaram a ser desenhados. São veículos para os marcianos explorarem esse novo planeta, veículos para eles levarem uma nova vida. 

Seria realmente interessante e surpreendente colonizar outro planeta. Imagine a população inicial de Marte. Eles teriam filhos no planeta para povoar todo o território marciano. Seus filhos seriam marcianos. Nunca pisariam na Terra. Apenas ouviriam histórias sobre o planeta Terra e, possivelmente se comunicariam com os terráqueos. Veriam as estrelas de um outro ângulo. E veriam uma "estrelinha" brilhante nas noites escuras. Essa "estrelinha" na verdade não seria uma estrela, mas sim, a própria Terra.